Percy Jackson nada, nada e acaba afundando no Mar de Monstros.

             Depois desse título nada super sensacionalista, venho expor minha humilde opinião sobre um dos maiores blockbuster desse ano. "Percy Jackson e O Mar de Monstros" chega aos cinemas com a grande, e talvez impossível, missão de salvar e prolongar a vida útil da saga baseada nos livros de Rick Riordan nos cinemas. Em 2010, quando chegava aos cinemas "Percy Jackson e Os Olimpianos: O Ladrão de Raios" éramos apresentados ao "novo Harry Potter".
               Não recebeu esse título só por ser dirigido pelo mesmo diretor dos dois primeiros filmes da saga do bruxinho, mas também por ambas as sagas compartilharem de vários aspectos em suas histórias. Se a comparação é justa? Sim, de certa forma. O filme tinha tudo pra fazer jus a denominação, mas nada deu certo. 
           Então, eis que, três anos depois somos apresentados a sequência do tão falado (mesmo que negativamente) filme de 2010. "O Mar de Monstros" é baseado na segunda aventura escrita por Rick Riordan e acompanha Percy e seus amigos em uma grande aventura através dos mares em busca do único objeto capaz de salvar o lar dos nossos heróis.

AVISO: Essa é a minha opinião, que pode vim a divergir totalmente da opinião dos outros blogueiros e do próprio blog. 


Grover, Percy e Annabeth em cena de "Fuga".
               Quando saí de casa para ir ao cinema eu tinha eu mente que o filme não seria fiel ao livro (Como já falei um tempo atrás), afinal de contas eles precisavam seguir a linha do primeiro filme. Mas quando as cenas começaram a se desenrolar na tela do cinema não consegui conter meus sentimentos de fã e quase entrei em êxtase com o Luke, Grover, Annabeth e Thalía (não falem Thália, pelamor) quando crianças chegando no acampamento. Foi uma cena nostálgica pra quem leu toda a saga de Rick Riordan, pra quem gostaria de um filme totalmente fiel aos livros.
               Meus sentimentos nostálgicos se encerram junto com a cena. Logo em seguida, acompanhados da narração em off do Percy, entramos no Acampamento Meio-Sangue em meio a uma disputa de escalada. Nesse momento o filme se torna algo simples e vibrante devido a fotografia usada, há certa falta de profundidade nas cenas, o que provavelmente vem de que não vi o filme em 3D. Os personagens já conhecidos do primeiro filmes estão ali, aparentemente mais maduros, só aparentemente. É nesse contexto que o roteiro introduz uma das personagens mais marcantes da saga, Clarisse La Rue, filha do deus Ares.
            O roteiro foi muito bem escrito, serve como um recomeço para a série e mesmo quem não viu o primeiro filme irá entender. É muito bem amarrado em termos de começo-meio-fim, apesar de deixar uma enorme brecha para um terceiro filme. Ganha pontos em termos de adaptação porque soube exatamente como amarrar e juntar a história do livro e ao mesmo tempo ser coerente ao primeiro filme. Outro ponto forte do filme são algumas atuações, destaque para Leven Rabim que soube exatamente como encarnar Clarisse. Além claro dos ótimos acréscimos: Nathan Fillion como Hermes, apesar de curta participação, soube se destacar; Stanley Tucci como Dionísio, que conseguiu fazer as melhores piadas.
            Agora, partindo pra parte negativa do filme temos diversos fatores que ajudam a não ajudar em nada. O filme contém uma vibe meio dispersa, em algumas vezes perdemos o interesse total no filme. Os personagens não estão 100% em vida na tela, o Tyson por exemplo, deveria ter sido explorado bem mais, ele tem pano de fundo pra muita coisa que não apareceu. O Percy, interpretado pelo Logan Lerman que apesar de se esforçar bastante não consegue se destacar e se demostra com total desconforto em cena, pareceu mais maduro e mais ciente das coisas. A Annabeth, uma das mentes mais brilhantes da literatura, aparece totalmente sem profundidade e foi totalmente usada como ponto de apoio do Percy, chegando a ser sem sal e sem importância nenhuma em cena.


               O filme peca em tentar ser uma aventura, o que não é. Com o acréscimo de algumas cenas de ação, outras cenas que nos surpreende e algumas cenas banhadas por efeitos especiais do mais baixo escalão o filme segue uma linha muito tênue entre nada e lugar nenhum devido as atuações. A história do livro é fraca e só funciona porque são crianças e não adolescentes que a protagoniza, talvez seja o único erro inconsertável do filme, os atores. Outro defeito gritante é o uso, exageradamente, de alívios cômicos. Personagens como Grover só servem para isso, só aparecem em cena para fazer piadas que beiram ao ridículo tentando fazer o público rir. A cada cinco minutos somos bombardeados com trocentas piadas, isso é irritante. No fim somos presenteados com uma das cenas mais impactantes do livro, o retorno de uma personagem super importante para o desfecho da série.
               Se recomendo o filme? Talvez. Vale a pena se você for fã, ou gosta de histórias "bobas", mas não deve ser levado a sério. Diverte, mas não contagia, não passa nenhuma mensagem importante, nenhuma sensação de conforto, nada que o livro conseguiu. Teve um enorme cuidado em agradar os fãs acrescentando alguns detalhes que no fim faz a alegria de quase todos, mas não deixa expectativa para um terceiro filme.

Nota:




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3 Comentários

  1. Eu estou com muita vontade de ver o filme. Já ouvi boas e más críticas,mas fiquei bem curiosa para vê-lo. ;))

    Bjs
    Hayanne Deise Lins
    *Profissão Adolescente*
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  2. Assisti o filme, tanto em 3D legendado, como 2D dublado e não me foram apresentados motivos para não esperar ansiosamente o terceiro filme, pelo contrário, como leitor assíduo e do livro não me faltam motivos para elogiar o filme, já a adaptação, como qualquer outra na história do cinema, deixa a desejar é claro, mas não é um total fiasco como abordado.

    É abusivo citar negativamente notas de enredo como piadas ao longo da adaptação, pois como no livro homônimo ao filme e em qualquer outro de Rick Riordan, o leitor também é bombardeado com elas, se não me engano. Você, realmente, já os leu?

    Neste sentido, comparar com Harry Potter... Outro ponto no qual toda resenha que li sobre o filme fez. Estamos seguindo padrões de escrita ou de adaptações em massa sobre resenhas, pois não vejo semelhanças entre eles, são totalmente antagônicos. Seria o mesmo que dizer que J.K Rowling sugou todo o enredo da Terra-Média, dizer que Aragogue é uma inspiração em Laracna...

    Ás vezes, quando as palavras sábias se esvaem, os xingamentos, o derrame de ódio em disparate e a tolice se apresentam como forma de sucumbir um olhar qualitativo, quantitativo, arguto e grandioso acerca dalgo que se comtempla sem discernimento do pretérito por parte de um expectador inapto a tal "missão".

    O quão desnecessária é essa "resenha", de certo modo, nem precisamos comentar. Me deixa em dúvidas se vou querer ler mais alguma do site. Opiniões divergem, entram em dicotomia e mudam. Espero que com você ocorra o mesmo, Pablo, pois gosto do site. Recomendo o filme e o (In)Utilidade Pública a todos! E um grato obrigado. :D

  3. Olá, Ricardo
    Primeiramente quero lembrar: Essa é a minha opinião, que diverge totalmente da opinião dos outros blogueiros e do próprio blog.
    Então, como você mesmo disse: Toda adaptação possui seus erros, nisso eu concordo, tanto que se você prestar atenção eu soube valorizar o trabalho feito no roteiro, que chega a ser um dos pontos fortes de toda produção. Como fã (sim, eu li toda a saga do Percy e as adjacentes)quando vamos ver o filme queremos sentir a mesma sensação, quem sabe até melhor, de quando lemos o livro, o que logicamente não foi passado durante o filme. E como eu mesmo disse, o filme não é ruim só por não ser fiel, na lista estão diversos fatores como: atuações, efeitos e diversas outras coisas.
    Até onde eu lembro, nos livros não há alívios cômicos a cada dois segundos, ou duas linhas no caso. Pretendo relê-los e conferir tal informação.
    Sobre as comparações: São justas e serão feitas até o fim, o que importa é sabermos onde cada saga termina e onde a próxima começa. Não fui o primeiro e não serei o último a comparar as duas sagas.
    Fico feliz que tenha gastado alguns minutos de seu tempo lendo minha crítica pessoal sobre o filme, sinto-me lisonjeado. Se foi necessária ou não, cabe a cada um decidir, certo? Não deixe de visitar o blog por mim hahaha, afinal de contas temos mais dois resenhistas aí, quem sabe você não concordar com as opiniões deles? :P
    Agradeço em nome do blog pela visita, espero que você volte sempre!
    Abraços.

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